Os Sapos da Floresta
Nacional do Amapá
Pesquisadores do Museu
Paraense Emílio Goeldi – MPEG estão realizando um estudo na Floresta Nacional
do Amapá com o objetivo de testar o efeito de variáveis ambientais sobre os padrões
de distribuição das espécies de anfíbios anuros, sendo o primeiro trabalho que
leva em consideração a detectabilidade das espécies. A pesquisa é coordenada
pela Profa. Dra. Teresa Cristina Sauer Ávila Pires (Coordenação de Zoologia do
MPEG) e Profa. Dra. Ana Luisa Kerti Mangabeira Albernaz (Coordenação de
Ciências da Terra e Ecologia) e faz parte da dissertação de mestrado do aluno
Ronildo Alves Benício (Figura 1) do Programa de Pós-graduação em Zoologia pelo
Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará (http://www.ppgzool-ufpa.com.br/). Em florestas
tropicais, compreender o efeito desses fatores é essencial para dar suporte a
ações de gestão e políticas de conservação. Nessas regiões os anfíbios
representam um dos grupos mais diversos e suceptíveis às alterações ambientais.
No Brasil são registradas cerca de 1026 espécies de anfíbios. Somente na região
Amazônica são conhecidas quase 25% de todas as espécies de anfíbios anuros do
Brasil. Considerar a detectabilidade é particularmente importante, pois o fato
de não se encontrar um indivíduo em um determinado local não implica que ele
esteja realmente ausente. Quando a base de dados é incompleta, especialmente em
relação ao esforço de amostragem, os valores em falta ou são tratados como
evidência de ausência, ou os dados para locais sem um completo complemento de
variáveis medidas são excluídos. Além disso, a detectabilidade das espécies é
diferente e probabilidades desiguais de detecção de espécies podem invalidar os
resultados. Uma expedição de 40 dias já foi realizada este ano e contou com o
apoio fundamental do ICMBio – Amapá. Este estudo é um sub-projeto de uma rede
de pesquisa (Diversidade de anfíbios e répteis, e helmintos parasitas associados,
na região Amazônica) e conta com outros seis sub-projetos em toda região
amazônica incluindo o projeto Diversidade de anfíbios e répteis a Floresta
Nacional do Amapá no qual a dissertação de mestrado faz parte e é financiada
pelo Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade - SISBIOTA BRASIL, Fundação
Amazônia Paraense de Amparo a Pesquisa – FAPESPA e Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Este estudo conta com autorização do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade para coleta de espécimes (Nº 32994-3).