quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Os Sapos da Floresta Nacional do Amapá




Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG estão realizando um estudo na Floresta Nacional do Amapá com o objetivo de testar o efeito de variáveis ambientais sobre os padrões de distribuição das espécies de anfíbios anuros, sendo o primeiro trabalho que leva em consideração a detectabilidade das espécies. A pesquisa é coordenada pela Profa. Dra. Teresa Cristina Sauer Ávila Pires (Coordenação de Zoologia do MPEG) e Profa. Dra. Ana Luisa Kerti Mangabeira Albernaz (Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia) e faz parte da dissertação de mestrado do aluno Ronildo Alves Benício (Figura 1) do Programa de Pós-graduação em Zoologia pelo Museu Paraense Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará (http://www.ppgzool-ufpa.com.br/). Em florestas tropicais, compreender o efeito desses fatores é essencial para dar suporte a ações de gestão e políticas de conservação. Nessas regiões os anfíbios representam um dos grupos mais diversos e suceptíveis às alterações ambientais. No Brasil são registradas cerca de 1026 espécies de anfíbios. Somente na região Amazônica são conhecidas quase 25% de todas as espécies de anfíbios anuros do Brasil. Considerar a detectabilidade é particularmente importante, pois o fato de não se encontrar um indivíduo em um determinado local não implica que ele esteja realmente ausente. Quando a base de dados é incompleta, especialmente em relação ao esforço de amostragem, os valores em falta ou são tratados como evidência de ausência, ou os dados para locais sem um completo complemento de variáveis medidas são excluídos. Além disso, a detectabilidade das espécies é diferente e probabilidades desiguais de detecção de espécies podem invalidar os resultados. Uma expedição de 40 dias já foi realizada este ano e contou com o apoio fundamental do ICMBio – Amapá. Este estudo é um sub-projeto de uma rede de pesquisa (Diversidade de anfíbios e répteis, e helmintos parasitas associados, na região Amazônica) e conta com outros seis sub-projetos em toda região amazônica incluindo o projeto Diversidade de anfíbios e répteis a Floresta Nacional do Amapá no qual a dissertação de mestrado faz parte e é financiada pelo Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade - SISBIOTA BRASIL, Fundação Amazônia Paraense de Amparo a Pesquisa – FAPESPA e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. Este estudo conta com autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para coleta de espécimes (Nº 32994-3).